domingo, 30 de setembro de 2012

Fla-Flu do planejamento: as diferenças da organização de ambos em 2012

Enquanto Tricolor está com grupo formado desde o início da temporada, Rubro-Negro começa a se reerguer apenas na reta final do Campeonato Brasileiro

Fluminense e Flamengo se enfrentaram em junho deste ano.
 Planejamentos muito opostos.
É óbvio ululante: um bom planejamento pode ser o diferencial para uma grande temporada. E isso, é provado com as diferenças que Flamengo e Fluminense vivem em 2012. No clássico deste domingo, no Engenhão, a disputa será do líder do Brasileiro, com um elenco fechado desde 2011 e campeão carioca, contra um rival em crise política, sendo castigado pela demora em se acertar e começando a se reerguer apenas em setembro.

O Fluminense se programou após o Brasileiro-2011. Salvo a chegada de Thiago Neves neste ano, classificada pelo clube como uma oportunidade, o Tricolor fechou seu elenco em dezembro. Já o Flamengo, contratou Renato Santos, Cléber Santana e Wellington Bruno, no último dia de inscrições para o Brasileiro, além de outros nomes durante todo ano, até aqui.

Fora as situações de elenco, Flu e Fla divergem também na forma de montar seu departamento de futebol. Enquanto o Flu já contava com Marcelo Teixeira e Sandro Lima à frente, contratando também Rodrigo Caetano, o Flamengo já viu quatro dirigentes caírem de seus cargos, em meio as crises.

Contratado há um poucos mais de quatro meses para ser o diretor de futebol do Flamengo, Zinho prefere não fazer comparações entre os planejamentos feitos:

– Não acho justo essa comparação com o Fluminense, até porque já é uma equipe montada desde o ano passado e conta com um patrocinador muito forte e que banca quase 90% dos custos – disse.

Pelos lados do Fluminense, o presidente do clube, Peter Siemsen, preferiu exaltar a forma como o Tricolor está sendo gerido:

– Nosso patrocinador dá condições para mesclarmos jovens e jogadores como Deco e Fred no elenco. Essa é a fórmula ideal. Estamos nos planejando bem, desde 2011, e o departamento de futebol virou uma unidade, sendo bem conduzido por grandes profissionais.

Entre os opostos fora de campo, o fator campo tem sido outro diferencial. No Fluminense, Abel Braga está no cargo há mais de um ano, enquanto o Fla já teve três treinadores ao longo da temporada – Vanderlei Luxemburgo, Joel Santana e agora Dorival Júnior.

No primeiro Fla-Flu após o centenário do clássico, não existem favoritos dentro de campo. Fora dele, o Fluminense abriu uma goleada no fim de 2011.

FLUMINENSE LAPIDOU MAIS SUAS PROMESSAS


O Fluminense soube equilibrar a experiência do elenco com promessas da base para reforçar a equipe e não apenas para composição de elenco. Diferentemente do Flamengo, que teve que usar os garotos na necessidade, o Flu lapidou a garotada e hoje Abel Braga conta com 12 jogadores revelados em Xerém à sua disposição.

Entre os destaques, estão Wellington Nem, Samuel, Wallace e Marcos Júnior, todos vistos como peças-chaves pelo treinador. Aos poucos, Abelão também tem promovido as entradas do volante Fábio, do meia Higor e do atacante Michael.

– O Fluminense tem perfil de clube formador. Temos um trabalho que viabiliza ter essa mescla de experiência e base. O projeto tem de ser feito com muita tranquilidade para não queimar nenhum dos garotos – explicou Peter Siemsen.

BATE BOLA
Peter Siemsen
Presidente do Fluminense



Como fizeram para montar o elenco do Flu de forma tranquila?

Nosso patrocinador nos dá condições para termos jogadores com Deco e Fred, além dos garotos que sobem. Esse é o modelo ideal, porque o garoto sobe tranquilo e pode contribuir muito. O jovem tende a ter uma regularidade assim. Quando entram com um grupo com experiência e referência, ganham consistência.


Vê apenas o Fluminense trabalhando desta forma?

Outros clubes trabalham assim, mas o Fluminense trabalha com esse objetivo e pode se dar ao luxo de ter jogadores de alto nível e muitos jovens lapidados.


Como está o planejamento com os garotos que não sobem?

Trabalhamos com jogadores para ingressar no profissional e com outros que podemos negociar, vinculados ao clube. Nosso objetivo, hoje, é a perda mínima. Nosso projeto é colocar os jogadores em algum mercado e com algum tipo de vínculo com o Flu.
Fonte: lancenet.com
                                                         Saudações rubro-negras!!!

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