sábado, 5 de janeiro de 2013

Unido e invicto, Flamengo dribla problemas e busca recorde

Sem Marcelinho e dois meses de salários atrasados, time segue na ponta e pode igualar contra o Tijuca marca de vitórias seguidas do Brasília

O técnico José Alves Neto comanda o time rubro-negro.
Quando Marcelinho Machado girou o corpo para receber uma bola e acabou indo ao chão com a mão no joelho, José Neto gelou. Perder o capitão do time logo no primeiro jogo não era lá um bom sinal para o técnico que fazia sua estreia no NBB com a camisa do Flamengo. Não demorou muito para descobrir que a ausência seria mais longa. O ala-armador teria de ser submetido a uma cirurgia, com previsão de recuperação que ainda coloca em dúvida a sua participação. Depois do baque, era preciso fazer a equipe encontrar força para superar o problema. A resposta foi rápida. Após perder o título da Liga Sul-Americana no saldo de cestas, o Rubro-Negro segue invicto no NBB. Neste sábado, busca contra o lanterna Tijuca, a sua oitava vitória consecutiva na competição. Se vencer mais uma vez, igualará o recorde do Brasília obtido no início de temporada da segunda edição. A partida está marcada para as 17h, no ginásio do adversário. 

- A sensação naquele dia foi muito ruim. O Marcelinho estava muito bem e também vinha tendo um outro papel importante. Além de jogador ele era o líder de um grupo ainda em formação. E eu estava perdendo ali alguém que era a minha voz dentro de quadra e me ajudava muito. Estava tudo caminhando bem até que aconteceu isso. Foi muito triste, fiquei mal. Mas uso a estratégia de não colocar foco no problema, e sim na solução. Queremos que o Marcelo jogue e, para isso acontecer, temos que ir o mais longe possível para que ele esteja com a gente de novo. O começo está sendo bom, está me agradando, mas temos que manter o pé no chão e melhorar muita coisa em termos de tempo de jogo e entrosamento para atingir nosso objetivo - disse Neto.

O empenho dos jogadores, no que diz respeito à proposta de trabalho, tem merecido elogios do treinador. O foco não foi perdido nem mesmo durante o momento de transição no clube. Após momentos de dúvidas, no fim de dezembro houve a confirmação de que o basquete receberia apoio da nova diretoria. Com novembro e dezembro de salários a receber, os jogadores foram comunicados de que está sendo feito um esforço junto ao departamento de marketing para tentar pagar o mês de dezembro até segunda-feira. 

- Meu foco é no trabalho. O fato de sabermos que a nova direção vai dar apoio dá segurança maior e um gás a mais. Os jogadores se sentem valorizados e vão render. Para mim o contrato é diferente e o salário está em dia, mas sei que está sendo feito um esforço para o caso dos jogadores. Eles estavam focados no trabalho e levarem essa situação bem. Não está pesando.

Miguel Ângelo sofre com lesões constantes na equipe do Tijuca.
Para que o momento positivo se mantenha, Neto diz que o grupo não pode baixar a guarda. Apesar de estar na ponta da tabela e ter como adversário o Tijuca, que venceu apenas um de seus 10 jogos, ele diz que é preciso ter atenção redobrada.

- Não jogo vendo posição na tabela. É um clássico carioca. Eles têm bons jogadores e não vejo a gente tão em primeiro assim. Há equipes que podem fazer frente ao nosso time. Não dá para relaxar. O Mogi era estreante e nós corremos risco. Basquete é assim, você não pode jogar com o que já foi feito.

Quem também tenta driblar os problemas é o Tijuca. As lesões constantes têm tornado a vida da equipe mais difícil. Se ver em último lugar, exatamente na temporada na qual será adotado o sistema de rebaixamento, preocupa e incomoda o técnico Miguel Ângelo da Luz. Pelo regulamento, os dois últimos colocados na fase de classificação terão de disputar um quadrangular com os dois primeiros colocados da Supercopa Brasil, torneio organizado pela Confederação Brasileira de Basquete, que até então garantia duas vagas diretas na principal competição do país.

- Teve a possibilidade de não termos time este ano. Como houve demora para definir, tivemos que dispensar alguns jogadores. Aos poucos fomos formando o grupo, mas tivemos que pular etapas na preparação física e técnica. Não é desculpa para a posição que nos encontramos, mas sabíamos que seria o preço a pagar. É incômodo ver que só temos uma vitória, mas não vamos desistir. Eu me cobro constantemente e a motivação tem que partir de cada um. Todos tiveram passagens por equipes vitoriosas. Sei que o grupo vai dar liga e crescer na competição - disse Miguel.

Para ajudar na missão, dois americanos foram contratados. O ala-pivô Bishop, ex-Joinville, e o ala-armador Rashaum McLemore, que defendeu o Rio Preto, aguardam o visto de trabalho.

- Temos a pressão por causa do rebaixamento, mas vamos contar com esses estrangeiros. Bishop é experiente e o Rashaum é um finalizador nato. Ainda não vamos contar com eles contra o Flamengo. Mas enfrentar o time que é o líder tem que ser uma motivação para os jogadores. O que vamos ter que fazer é valorizar a posse de bola, neutralizar o poderio ofensivo deles e encarar como qualquer outro jogo. Sabemos da dificuldade, mas são cinco contra cinco. Mogi está perto da gente na tabela (ocupa o 14º lugar entre os 18 participantes) e fez um jogo duríssimo contra eles.
Fonte: globoesporte.globo.com
                                                           Saudações rubro-negras!!!

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