segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Mattheus: 'Jogar pelo Flamengo pesa, e muito. Ainda bem que estou acostumado com a pressão'

No clube desde 2004, o atual camisa 43 quer ganhar mais espaço no Rubro-Negro e sonha disputar a Copa do Mundo de 2014

Mattheus  quer  ter  mais  oportunidades  na  próxima 
temporada.
Filho do atacante Bebeto, Mattheus de Andrade Gama de Oliveira, de 18 anos, ficou conhecido mundialmente com poucos dias de vida. Na Copa de 1994, nos Estados Unidos, o jovem jogador recebeu homenagem do pai, na vitória do Brasil por 3 a 2 sobre a Holanda com o famoso “embala neném”.

Hoje, profissional do Flamengo, Mattheus passou pelas divisões de base do clube e ganhou destaque ao vencer a Copa São Paulo de Juniores de 2011. Além de conquistar espaço no Rubro-Negro, o atual camisa 43 passou por todas as categorias de base da Seleção Brasileira. Em 2012, subiu aos profissionais da equipe da Gávea e pretende trilhar o futuro sem ser comparado com o pai.

Qual a importância de ser o filho do Bebeto?
Ser filho de quem eu sou, sempre é difícil, estou levando isso tranquilamente. Quando eu for jogando as partidas, vão parar de me comparar com ele, e por isso que procuro separar sempre as coisas. Fora de campo, se quiserem comparar, não tem problema, mas dentro de campo, acho que é melhor separar um pouco.

Quando que você pensou em querer jogar futebol?
Meu pai sempre falou pra mim que a primeira coisa que aprendi a falar foi bola. Não foi pai, nem mãe (risos). Então, isso vem desde criança. Mas quando pedi de verdade para jogar foi em 2004, no salão do Flamengo, que eu queria jogar sério.

Qual a importância da homenagem feita pelo seu pai para a sua carreira?
Para minha carreira nem tanto, mas para mim, pessoalmente, foi algo que sempre quando revejo, fico bastante emocionado. Todos os outros filhos ele pegou no colo, e quando eu estava para nascer, ele estava disputando a Copa nos Estados Unidos e não poderia estar perto da minha mãe. Na hora do gol, foi o que passou na cabeça dele. Fico muito feliz e tenho de agradecer muito a ele por essa grande homenagem, e quem sabe, um dia, eu faça alguma coisa parecida, que também fique marcado na história.

Mattheus sonha em disputar a Copa do de 2014.
O Flamengo tem investido bem nas divisões de base?
Treino no Ninho do Urubu desde 2008 ou 2009 e podemos ver que muita coisa evoluiu na base. O CT está cada dia mais bem preparado, e a estrutura nos ajuda cada dia mais. É de lá que vão sair os futuros jogadores, é só reparar o Barcelona, onde quase o time inteiro é formado por jogadores da base, então isso valoriza. E muito importante para o clube que, às vezes, revelem grandes jogadores que podem virar ídolos.

Vestir a camisa do Flamengo é uma responsabilidade grande?
Jogar pelo Flamengo pesa, e muito. A torcida é muito grande e acho que é o clube que mais tem cobrança no país. Ainda bem que já estou acostumado com essa pressão, por já ter crescido aqui no Flamengo, então eu sei como é essa cobrança. Independentemente do clube, existe responsabilidade, mas acho que no Brasil, o Flamengo é o que tem a maior cobrança.

Como é para um jovem passar por todas as categorias de base da Seleção Brasileira?
Chegar à Seleção significa fruto de um bom trabalho. Fico feliz por ter passado por todas as categorias da base, pois eu sempre procurava estar na Seleção, independente se fosse para algum torneio ou só para treinar. Sempre procuro dar o meu máximo, pois sei que ali estão os melhores, e sei que se der uma brecha, no Brasil sempre aparece um grande jogador, e assim poderia perder meu espaço. Sempre procurei dar o meu máximo.

Jogar a Copa do Mundo de 2014 é o seu maior sonho?
Um dos meus maiores sonhos no momento é de jogar na Seleção Brasileira profissional. Já realizei o sonho de me profissionalizar no Flamengo e hoje em dia estou podendo me firmar. Acho que com os jogos e treinos, consegui um espaço no elenco e agora tenho esse sonho de estar na Seleção. Sei que ainda falta um pouco pela frente, pois ainda tenho de ter essa sequência de jogos pelo Flamengo, para que quem sabe, conseguir uma vaga na Copa, aqui no Brasil.

Além de jogar futebol, pretende seguir alguma carreira?
Meus pais sempre me cobraram para eu estudar. Até mesmo quando eu treinava na base, eu tinha de estudar. Enquanto eu não terminei o ensino médio, eles não pararam de perturbar. Temos de pensar no futuro, a carreira de jogador é um pouco curta, por isso temos de estudar. Sou novo e ainda tenho um tempinho para decidir melhor o futuro.

Jogar profissionalmente é muito cansativo?
Vida de jogador profissional é bem desgastante, bem diferente do que algumas pessoas acham. É complicado, ficar longe da família, ainda mais quando tem o Campeonato Brasileiro, que temos que viajar quase toda a semana. Folgamos mesmo, só na segunda-feira. Mas foi o que escolhemos para fazer, temos que pagar um preço por isso, para depois ficarmos o tempo que precisar com a família.

O que espera para a próxima temporada?
Espero que em 2013 eu possa ter mais oportunidades para jogar com a camisa do Flamengo, independentemente do que aconteça. Mesmo com o clube passando por uma transição política, quero evoluir e aproveitar ao máximo a próxima temporada.
Fonte: lancenet.com
                                                               Saudações rubro-negras!!!

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