Consultor quebra máxima do futebol que propõe solução para crise nas agremiações: 'Todos só vão lembrar do dirigente que ganhou títulos'
O melhor presidente é o que ganhou títulos, diz Gehringer.
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O consultor de carreiras Max Gehringer está acostumado a dar dicas de economia doméstica a famílias e orientar a relação entre empregados e chefes. Com trinta anos de experiência administrando grandes empresas, ele surpreendeu, contudo, em sua participação no Footecon, fórum sobre futebol que acontece no Rio de Janeiro. Questionado sobre como os dirigentes podem melhorar suas gestões à frente dos clubes profissionais, Gehringer afirmou que as agremiações são completamente diferentes e não podem partilhar do mesmo formato administrativo das organizações tradicionais.
- Em empresas, nós somos contratados para um trabalho e não somos substituídos depois de dois anos com uma eleição. Não temos gente do outro lado da rua gritando na frente da empresa que precisa derrubar o diretor financeiro ou de contabilidade porque eles não estão indo bem, não temos repórteres todos os dias na porta da fábrica perguntando e pessoas exigindo alguma mudança no organograma – disse.
Na visão de Gehringer, a máxima de que os clubes de futebol precisam ser administradas como empresas é equivocada.
- Eu sempre pensei que quem falou isso jamais administrou uma empresa na vida, não tem nada a ver uma coisa com outra – declarou.
Segundo o consultor, uma solução para a crise financeira dos clubes passaria por uma questão inimaginável: a fusão dos times.
Fusão entre clubes seria inimaginável, diz Gehringer.
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- Precisamos fundir times, precisamos juntar por exemplo Flamengo e Fluminense, formar um time com Botafogo e Vasco, Corinthians com São Paulo, é o que nós fazemos em empresas. Por que nós nunca vamos fazer isso? Porque a empresa é administrada com a cabeça, e o futebol, com o coração - apontou.
Gehringer explica que os dirigentes do futebol precisam gastar acima do permitido pelas finanças do clube.
- Ás vezes, para ganhar título precisa contratar jogadores, que ele não consegue pagar, e ele fica na dúvida, o que eu faço? Não fique em dúvida, contrate o jogador. Ninguém vai lembrar de um presidente que há 10 anos administrou bem um clube, todos vão lembrar do que ganhou titulo – diz.
Jogadores de futebol, contudo, precisam ficar atentos às finanças após a aposentadoria, diz Gehringer.
- A minha sugestão é a mais simples do mundo: chega num banco, conversa com o gerente, dá metade do que ganha para o gerente e pede para ele aplicar na melhor aplicação possível, em uma entidade de respeito. Se os jogadores tiverem isso, eles vão ter uma aposentadoria suficiente – afirma.
Fonte: sportv.globo.com
Saudações rubro-negras!!!
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