Cansado, Cielo é superado nos 50m borboleta por Nicholas dos Santos

Nadadores do Flamengo fazem dobradinha, atingem o índice do Mundial da Turquia e, mais tarde, lideram a vitória do revezamento 4x100m medley

Desta vez a sunga, utilizada na eliminatória e na semi, ficou na mala. Cesar Cielo voltou a usar calção. Afinal, sabia que enfrentaria um páreo duro na decisão dos 50m borboleta do Troféu José Finkel. Seu companheiro de Flamengo, Nicholas dos Santos, foi o mais veloz na semi. Cielo prometeu um esforço para faturar mais um ouro, mas acabou superado pelo amigo mais uma vez. Ele, porém, deixou a piscina do Sesi, em São Paulo, com três conquistas: o índice para o Mundial em piscina curta de Istambul nos 50m borboleta, o ouro no revezamento 4x100m medley e o título de melhor nadador da competição.

Antes do duelo nos 50m borboleta, Cielo se mostrava relaxado, sorria em conversas com os rivais. Ele bem que tentou, mas o cansaço da maratona de provas dos últimos dias pesou. Com boa saída e rápido na virada, Nicholas bateu em primeiro com o tempo de 22s22, levou o ouro e superou o parceiro de clube, que fechou em 22s40. Lado a lado na água, os dois garantiram o índice para o Mundial da Turquia na prova.

- Foi a minha melhor marca em piscina curta. Em comparação com a longa, dá para melhorar. Mas está bom. Depois da maratona de sexta, eu acordei bem cansado. Vai diminuindo nossa explosão, nossa disposição. Estou feliz, é mais um índice e mais uma dobradinha do Flamengo - disse Cielo, após a prova.

Nicholas dos Santos e Cesar Cielo depois da final dos 50m borboleta.

Contente com o resultado e a vitória, Nicholas destacou seu desempenho e o de Cielo. Além do ouro nos 50m borboleta, ele venceu nos revezamentos 4x100m medley, 4x50m e 4x100m livre (ao lado de Cielo) e foi prata nos 50m e 100m livre, perdendo apenas para o companheiro de clube.

- Cheguei bem perto da minha melhor marca pessoal, mas esse tempo eu fiz de traje. Fiquei bem feliz, é mais uma dobradinha, só que dessa vez trocamos as posições - disse Nicholas.

Nos 50m borboleta, Kaio Márcio, do Fluminense, terminou em terceiro, com 22s94. Ele bateu na trave para Istambul (o índice é de 22s93). No entanto, o nadador, que já garantiu vaga no Mundial da Turquia nos 100m e nos 200m borboleta, terá de superar a marca de Cielo para competir também nos 50m borboleta, já que cada país pode inscrever apenas dois atletas por prova em Istambul.

Mais conquistas de Cielo e título do Minas

Depois da prata nos 50m borboleta, Cesar Cielo foi soltar o corpo na piscina auxiliar, foi se preparar para sua última prova no Troféu José Finkel: o revezamento 4x100m medley. Ele não sabia, mas acabava de ganhar o título de melhor nadador da competição por índice técnico (a marca de 20s59 nos 50m livre, recorde do campeonato e melhor tempo do mundo no ano, pesou na indicação).

Cielo entrou pressionado para a última prova da competição.
Minutos antes, as meninas do Minas venceram a versão feminina da prova com uma marca abaixo do recorde sul-americano - o time contava com duas estrangeiras, por isso, o tempo de 3m58s38 não se tornou o recorde continental. Assim, o Flamengo entrou para a decisão quase 60 pontos atrás dos mineiros.

Cielo e companhia teriam de estabelecer o novo recorde sul-americano no revezamento 4x100m medley para dar o título ao clube carioca.

O Pinheiros, liderado por Guilherme Guido e Felipe França, abriu vantagem. Cielo saiu em desvantagem contra Marcelo Chierighini.
O rival ainda bateu à frente nos 25m, mas Cesar buscou forças para passar à frente, abrir vantagem e fechar a prova com mais um ouro.

A marca de 3m27s34 é novo recorde do Troféu José Finkel, mas ficou acima do sul-americano, que é de 3m23s12. A torcida e os atletas do Minas, que acabou com o bronze no revezamento decisivo, pôde gritar: "É campeão!"

Cielo fechou a competição com dois ouros em provas individuais (50m e 100m livre) e três em revezamentos (4x100m medley, 4x50m e 4x100m livre), além da prata nos 50m borboleta.

Daynara não consegue o índice

Na versão feminina dos 50m borboleta, Daynara de Paula mais uma vez ficou muito perto do índice para Istambul. Ela foi a brasileira mais veloz, com 26s00 - mais de 20 centésimos acima da marca para o Mundial.

Quem venceu foi a holandesa Inge Dekker, com o tempo de 25s65, seguida bem de perto pela australiana Marieke Gueher (25s72), que foi indicada como melhor nadadora da competição pelo índice técnico. Daynara foi a terceira no geral e deixou o Finkel com a sensação de que podia mais.

- Cheguei perto antes e agora piorei um décimo (em relação ao tempo da eliminatória). É uma pena, porque era um grande objetivo conseguir esse índice. Agora, vou voltar a treinar para tentar no Open - disse a nadadora.

Fonte: globoesporte.globo.com

                                                            Saudações rubro-negras!!!