Dirigentes chegaram a ter atritos na época da tentativa de contratação do meia Diego. Eles são tidos como os homens de confiança da presidente Patricia Amorim
Zinho trabalhou na contratação dos jogadores do Avaí. |
Os homens de confiança da presidente Patricia Amorim superaram diferenças recentes e trabalham juntos para livrar o Flamengo do rebaixamento no Brasileiro. As contratações de Renato Santos e Cleber Santana foram viabilizadas em nova parceria entre Zinho, diretor de futebol, e o vice de finanças, Michel Levy. O trabalho da dupla, entretanto, expõe contradições que têm a política do clube como pano de fundo.
Depois de ter capitaneado as tentativas frustradas pelo meia Diego, em julho, Levy foi esvaziado, teve a atenção chamada pela mandatária e recebeu recomendações para não se intrometer diretamente em negociações do futebol. No mesmo momento, Zinho ganhou respaldo para ser o homem do futebol do Flamengo.
Nem dois meses se passaram do episódio citado e Michel Levy uniu-se a Zinho para tentar uma nova cartada por Ganso há dez dias. Depois que a missão foi abortada, a contragosto dos dirigentes, eles intensificaram as conversas com o Avaí na última tentativa de reforçar o time para o Brasileiro.
A viagem em conjunto para Florianópolis, há uma semana, e as conversas com o DIS pelos novos contratados mostraram que as arestas foram aparadas depois de um desgaste acerca da novela que envolveu a negociação sem sucesso pelo meia Diego.
E a união contribui para atender perfeitamente aos desejos de Patricia Amorim. Afinal, Zinho aparece como o responsável pelo futebol e Levy, mesmo relutando em dizer que não interfere no departamento, viabiliza as contratações com o poder de vice de finanças que lhe cabe. Resta saber, agora, como ficará a parceria após as eleições.
Zinho se transforma como dirigente
Assim que chegou ao Flamengo, Zinho demonstrou a personalidade da época de jogador. Solícito e sempre disposto a esclarecer os fatos, evitava falar nos assuntos que poderiam acabar comprometendo o trabalho dele. Após meses no comando do futebol, o dirigente foi ganhando força e o apoio da presidente Patricia Amorim. Aos poucos, também mudou a forma de lidar com as situações e, mais "cascudo", chegou a omitir fatos para não prejudicar uma negociação.
Dentro do clube, muitos comentam sobre as mudanças de Zinho, embora sem muitos julgamentos. Era óbvio que, com o tempo, ele teria de mudar o jeito de ser, pois não há como agradar a todas as correntes.
O último baque foi a demissão de Paulo Cesar Coutinho, então vice de futebol rubro-negro. Zinho ficou irritado, pois o cartola sempre foi um aliado, embora já não tivesse mais a força de outrora no departamento de futebol.
Patricia sequer cogitou a possibilidade de demitir Zinho e lhe prestou apoio para continuar seguindo com o trabalho. Entretanto, a mandatária tem tido pouco tempo para o futebol, pois está envolvida em questões políticas.
Levy mantém poder no futebol
O Flamengo anunciou em agosto a contratação de um diretor de finanças remunerado com a justificativa de diminuir a participação de Michel Levy no futebol. O nome dele é Renato Blaute e, no pouco tempo em que está à frente das finanças – desde agosto –, pouco se ouviu falar do trabalho dele, que é muito mais burocrático e pouco tem a aparecer, na verdade. Entretanto, a contratação não surtiu efeito, já que Levy continua com os mesmos poderes na galinha dos ovos de ouro do Flamengo, que é o futebol.
A grande diferença tem sido nas entrevistas, que hoje em dia são muito menos comuns. Levy praticamente não tem falado com a imprensa, muito por causa da insistência de Zinho, que sempre criticou a postura de falastrão do companheiro. Por determinação da presidente, somente o diretor de futebol deve falar sobre a pasta.
Fonte: lancenet.com
Saudações rubro-negras!!!
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