quinta-feira, 5 de julho de 2012

Diretor da base do Fla alerta jovens: ‘Não pode pensar: subi, sou o cara’

Carlos Noval diz que é preciso maturidade para lidar com fama e assédio, e destaca conversa franca de Zinho para evitar deslumbramento precoce

Adryan é assediado após treino na praia.
Adryan entrou no segundo tempo do jogo com o Atlético-GO no último domingo, melhorou a movimentação no meio-campo e fez um gol na vitória por 3 a 2. Foi o suficiente para virar candidato a titular e ouvir projeções exageradas de que será um novo Zico. Com a pressão que vem de dentro e fora do clube para que os garotos ganhem mais espaço entre os profissionais, Zinho conversa francamente com os jogadores para que mantenham os pés no chão. E a cabeça no lugar. Essa é a orientação passada por Carlos Noval, diretor das divisões de base do Flamengo que acompanha o desenvolvimento dos atletas e a transição para o profissional.
- Chegar ao profissional é uma conquista do atleta, e ele precisa ter maturidade para saber lidar com a fama, assédio. É preciso serenidade, tranquilidade, sem passar dos limites. Não pode pensar: ‘ah, subi, sou o cara. Mas o Zinho sempre tem uma conversa franca com eles, ele faz muito bem esse trabalho – afirmou Noval.
Zinho faz palestras para os mais jovens e já deixou claro que os jogadores da base precisam entender que o processo de treinar com o profissional e voltar para os juniores tem que ser encarado com naturalidade. O diretor de futebol também combate estrelismos precoces dos jogadores ainda em início de carreira.
Noval sabe que o fato de jogadores como Adryan, Mattheus, Cesar, Thomas estarem integrados ao profissional pode servir de estímulo para os que sonham em chegar ao time principal. Mas eles precisam estar preparados para a mudança que pode acontecer de uma hora para outra.
- A verdade do futebol dura cinco minutos. De repente, um jogador está no juniores, não subiu para o profissional, mas de um dia para o outro é chamado. Tem que trabalhar forte, ter estrela e aproveitar a oportunidade – disse Noval.
O diretor acredita que o clube tem resgatado um antigo lema:
- Desde 2010, voltamos ao craque o Flamengo faz, e forma, em casa.
Na transição entre base e profissional, alguns jogadores sentem o desgaste físico. Noval diz que é normal, e a adaptação acontece rapidamente.
- O ritmo do jogo dos juniores e do profissional é diferente, na base é mais corrido, em cima mais cadenciado. Mas os treinamentos são mais puxados, tem musculação, mas nada que eles não se adaptem rapidamente.

Fonte: globoesporte.com


                                                             Saudações rubro-negras!!!

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