domingo, 3 de fevereiro de 2013

'Recorde? Eu quero é o título!'

Técnico de basquete do Flamengo, José Neto comenta sobre carreira e sucesso do rubro-negro no NBB

José Neto técnico do Basquete do Flamengo.
São 19 vitórias em 19 jogos no Novo Basquete Brasil (NBB), recorde quebrado no último sábado, contra o Minas. O time do Flamengo impressiona não apenas pelos números, mas pela forma tranquila com que vence os adversários da principal competição do esporte no país. Mesmo sem dois de seus mais badalados jogadores, Marcelinho e Shilton (lesionados), o Rubro-Negro atropela os adversários sem dó ou piedade. E o principal responsável por essa campanha é José Neto, treinador do time, que chegou ao Flamengo no fim do ano passado.

Apesar da campanha histórica, o técnico admite que nada vai adiantar se no fim o Mengão não for campeão pela segunda vez do NBB.

- Penso todos os dias no título. Venho falando para os atletas, não pensar muito em vitórias seguidas, recorde. Isso não é nada, quero é ganhar o título, isso é o principal - reconhece.

Admirador de Dorival, Neto compara os times do Mengão

Considerado um técnico muito estudioso no mundo do basquete, José Neto mostra a mesma precisão em que arma jogadas do seu time na hora de comentar sobre o atual momento do time de futebol.

- Sempre acompanho o time, sempre acompanhei. Neste momento eles estão em um momento diferente do basquete, estão disputando o Estadual, estão passando por um momento de mudança no elenco,o que é normal. O time só tem a crescer e é isso que vemos a cada dia. O Flamengo é muito grande, é gigante, só vejo coisas boas para este time daqui para frente - disse o comandante.

O treinador ainda revelou que é grande admirador do técnico Dorival Júnior.

- Vejo e gosto muito do trabalho do Dorival, sempre o acompanhei também e aqui ele está fazendo um grande trabalho.

Em entrevista ao jornal MAIS, José Neto se apresenta à Nação e rasga elogios à maior torcida do mundo.

- A torcida do Flamengo é o 6o,7o, 8o, 9o jogador. Quero ela sempre ao meu lado - disse.

COMEÇO DE CARREIRA
Comecei jogando basquete com 13 anos, não em um nível muito alto. Jogava no interior de São Paulo em alguns torneios por lá nas categorias de base. Entrei na faculdade com 17 anos, no primeiro ano de juvenil. Então eu fui pra capital para estudar, entrei na USP, que era um local muito puxado, tinha de estudar em período integral. Isso aí acabou fazendo com que eu tivesse de escolher. Ou eu jogava ou estudava. Fiz a opção por estudar. Trabalhei em outras coisas, mas sempre fiquei com aquela ideia de trabalhar com basquete. Aí, no último ano da faculdade fui chamado pelo Paulistano para ser o professor da escolinha. Fiquei 16 anos por lá. Passei por outros clubes e seleção brasileira, até ser chamado pelo Flamengo.

PROPOSTA DO FLAMENGO
Fui chamado pelo Flamengo, que é um grande clube, após a temporada passada. Fiquei muito feliz por um grande clube estar apostando em um técnico brasileiro. Fiquei bastante contente pela classe dos técnicos brasileiros. Fica aí a expectativa de outros técnicos brasileiros estarem sendo convidados para dirigir grandes clubes.

MISSÃO DE DIRIGIR O FLAMENGO
Minha carreira é muito de desafio, sempre foi assim. Sempre falaram assim: “Coloca esse cara aí e vê como ele se sai”. Então eu sempre agarrei as minhas oportunidades. O mais interessante foi que quando eu cheguei o único jogador que tinha era o Marcelinho, ele tinha feito um contrato mais longo. Eu achei muito bom, quem não quer contar com o Marcelinho? Se o problema era esse, eu estava muito bem. Eles me permitiram montar o time aqui, ajudei a formatar a equipe. E isso foi muito, mas muito importante. Acredito que 70% do sucesso de uma equipe é na hora de formar este time. Não consigo ver um lado ruim, negativo do negócio de dirigir este clube.

SUCESSO RÁPIDO
Seu eu falar pra você que eu esperava fazer uma quantidade dessa de jogos sem perder, eu iria estar mentindo, não esperava isso. Mas se você me perguntar se nós estávamos nos preparando, vou te dizer que sim. Nós nos preparamos para isso. Mais do que para ganhar, nos preparamos para jogar o melhor possível. A consequência disso são as vitórias. Mas para mim, nada vai adiantar 40 vitórias se eu não levantar o troféu no final. Essas vitórias são boas, dá muita confiança, mas não garantem nada. Temos de ter essa consciência, sempre enfrentar o próximo, o próximo. Essa é a ideia aqui no Flamengo

PERDER A INVENCIBILIDADE
Não sou daqueles que fica com medo de perder porque estamos invictos. Quero sempre ganhar, mas se for para acontecer, tudo bem. Tem muita coisa para acontecer no campeonato, estamos na metade ainda, não dá para falar nada sobre isso.

TIME SEM O MARCELINHO
Em um primeiro momento eu pensei que seria complicado. Como fazer uma equipe sem o Marcelo? Mas a partir do momento que você formata a equipe, a gente viu a maneira como estamos jogando. Não podemos depender de um jogador, um elemento do grupo. Temos um grupo hoje que ninguém é insubstituível. O cara que joga no Flamengo não pode pensar no número e no jogador, pensamos apenas no clube.

TORCIDA DO FLAMENGO
Bom demais isso aí. Quem não gostaria de ter uma torcida como esta? Dizem que a torcida é o sexto jogador, mas discordo. Para mim, a torcida do Flamengo é o sexto, o sétimo, o oitavo, o nono, sei lá quantos jogadores. A torcida do Flamengo só tem coisas positivas. Naquela hora que o jogador já está cansando, sem forças, a torcida vem e o cara renasce. Todos falam da pressão, que é complicada. Poxa, se isso for a pressão da torcida do Flamengo, eu quero isso para sempre do meu lado. A torcida ainda vai nos ajudar muito até o final do NBB.
Fonte: lancenet.com
                                                              Saudações rubro-negras!!!

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